Homossexualismo
Ir. Eric Alexandre
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Homossexualismo refere-se à condição ou característica de indivíduos que sentem atrações eróticas, românticas e emocionais por pessoas do mesmo sexo. Em outras palavras, homens se sentem atraídos por outros homens, enquanto mulheres sentem atração por outras mulheres.
O termo inglês "homossexual" origina-se da combinação de duas palavras: a grega "homo", que significa "mesmo", e a latina "sexus", que se traduz como "sexo". Assim, "homossexual" indica atividade entre indivíduos do mesmo sexo, seja entre homens ou entre mulheres. Portanto, o homossexualismo pode ser compreendido como uma filosofia que defende o erotismo entre pessoas do mesmo sexo como algo natural e aceitável.
A palavra homossexual geralmente é utilizado para designar o homossexualismo em geral, podendo também abranger um sentido mais amplo ao incluir todos os integrantes LGBTQIA+, incluindo as lésbicas. Essa nomenclatura foi introduzida pelo jornalista húngaro Karoly Benkert (1824-1882) em 1869. Ele utilizou pela primeira vez esse termo ao defender alguns homens perseguidos pelo governo alemão devido a suas relações eróticas com outros homens. Desde então, o vocábulo passou a originar outras variações: homossexualismo, homossexualidade e, mais recentemente, homoafetividade.
Proponentes homossexuais, à semelhança dos sofistas gregos, dedicam-se a defender o que parece indefensável. Em algumas ocasiões, conseguem persuadir os mais ingênuos e desavisados. Os defensores desse movimento rejeitam categoricamente qualquer rotulação ideológica que possa ser atribuída a eles. Assim, empenham-se em dar-lhe nomes menos agressivos e até com conotação romântica. Inicialmente, substituíram o termo “homossexualismo” por “homossexualidade” sob a alegação de que o sufixo “ismo” remete à ideia de “doença”. Posteriormente, alguns integrantes do movimento, considerando que essa expressão ainda não lhes era adequada, passaram a utilizar “homoafetividade”. De fato, acreditam que ao alterar a linguagem podem influenciar a forma como as pessoas percebem o homossexualismo. Essa é a razão pela qual optam por empregar o termo “gênero” em vez de “sexo”, além de criarem diversas definições de identidade. Mas não existe gênero! As pessoas não nascem com gênero, mas com sexo determinado e objetivo. Contudo, a lavagem cerebral que esses movimentos promovem inicia através da mudança vocabular para, posteriormente, transformar mentalidades e promover alterações sociais.
Por que eles não admitem o viés filosófico de sua prática? Eis a resposta: para tentar fazer com que sua prática se torne tão aceita quanto à heterossexualidade. O simples fato de buscarem novas terminologias para classificar suas condutas imorais já revela uma filosofia astuta e consciente dos recursos ideológicos e semânticos que empregam.
Atualmente, tanto o homossexualismo quanto o lesbianismo não estão apenas presentes na sociedade moderna, mas também mostram um crescimento alarmante em diversos setores sociais. Essa ascensão não se deve à concessão de permissividades pelas Escrituras ao movimento, mas sim à transformação radical das práticas sexuais modernas. O reconhecimento social é tal que em vários países como Holanda, França, Estados Unidos e Espanha já se legalizou o "casamento" ou união civil entre pessoas do mesmo sexo. A sociedade organizada e em rebelião contra Deus tem instituído suas próprias legislações, desconsiderando os mandamentos divinos. Como temos observado, essa realidade resulta na subjugação do sagrado e do religioso diante do profano e do secular.
Diariamente, a agenda LGBTQIA+ avança nos âmbitos educacional, nas mídias sociais e nos veículos de comunicação e entretenimento. A linguagem transmitida é alterada para que as diferenças entre homem e mulher não sejam reforçadas, nem ensinadas nas escolas. Seminários, palestras e aulas disseminam conhecimentos sobre o homossexualismo no contexto escolar, mesmo quando isso contraria a vontade dos pais, utilizando uma abordagem disfarçada com o objetivo de fomentar a aceitação da diversidade de gênero a qualquer custo.
A militância homossexual apresenta suas propostas como um avanço que promove maior liberdade e combate à discriminação, desigualdade e homofobia. Mas, ao mesmo tempo, atacam pessoas que não concordam com o seu estilo de vida, os rotulando de preconceituosos e propagadores de discurso de ódio. Argumentam que, embora as práticas homossexuais tenham sido condenadas em épocas antigas, não há justificativa para tal condenação nos dias atuais. Pois sexo antes do casamento também era condenado em tempos passados, mas hoje é visto de maneira mais favorável.
Além disso, diversos tabus — tanto relacionados à sexualidade quanto a outras esferas — eram malvistos em culturas mais puritanas no passado. Entretanto, culturas mais recentes e esclarecidas têm rejeitado essas restrições. Por isso, "as atitudes em relação ao homossexualismo também precisam ser modificadas". E muitos setores sociais já se alinharam a esse objetivo, impelidos pela Agenda 2030.
Parte da estratégia para impor o homossexualismo na sociedade pós-moderna consiste na projeção furtiva de conteúdos homossexuais através de todos os meios midiáticos disponíveis. Infelizmente, essa agenda conta com a adesão de grandes e pequenas empresas, instituições financeiras, universidades públicas e privadas, escolas, partidos políticos e diversas outras áreas da sociedade em geral.
Outro aspecto dessa estratégia é a criação de ídolos homossexuais ou transexuais. Isso abrange tanto adultos quanto adolescentes e crianças pequenas, como exemplificado pelos personagens presentes em desenhos animados. Super-heróis, artistas, cantores e influenciadores digitais representam ícones que exercem uma grande influência sobre a opinião pública e as vidas das pessoas. Com frequência significativa, observam-se esses personagens assumindo papéis homossexuais e fazendo apologia ao homossexualismo. Torna-se evidente que a intenção subjacente desses conteúdos é moldar o imaginário social das pessoas. Imaginários sociais constituem metáforas ou narrativas que realizam uma doutrinação indireta. Por meio da linguagem, imagens e práticas sociais, ocorre uma doutrinação da sociedade que acolhe novas crenças impactando diretamente as concepções individuais acerca da existência social. Os temas homoeróticos estão tão entrelaçados na mídia que os cidadãos perderam a capacidade de se chocar com eles. Os objetivos dessas organizações vão além da mera reivindicação dos direitos legais dos homossexuais ou de respeito social; abrangem também a propagação, a normalização e a exaltação de sua ideologia. Não se contentam apenas com a aceitação do homossexualismo pela sociedade, mas aspiram à sua elevação em um patamar superior ao da heterossexualidade.
No contexto político, o homossexualismo emergiu como um tema de moralidade pública. Homossexuais organizam protestos e exercem pressão sobre o Congresso para a obtenção de direitos equivalentes aos dos heterossexuais. Reivindicam nada menos do que uma aceitação completa de seu estilo de vida, almejando isso sem qualquer tipo de objeção. De forma sutil e astuta, as legislações são frequentemente contornadas para favorecer a comunidade homossexual. Dizem que todos são iguais diante da lei, porém, eles buscam elevar-se acima desse princípio ao exigir normas que os coloquem além do alcance da justiça e do direito comum. A finalidade última não é apenas abolir os padrões heteronormativos, mas também subverter a própria distinção entre sexos; onde as variações genitais entre homem e mulher deixariam de ter relevância cultural. Nesse cenário, o tema frequentemente emerge nas agendas políticas em diversos países, gerando debates em esferas familiares, educacionais e religiosas, uma vez que desafia o papel tradicional da família e da Igreja — instituições estas que perdem a incumbência de educar as crianças, e essa responsabilidade é transferida ao Estado. Com o governo assumindo tal responsabilidade e decidindo incluir o homossexualismo no currículo escolar, torna-se criminoso ao cidadão heterossexual opor-se a essas diretrizes.
Evidentemente todas essas “liberalizações” esboçam uma ditadura homossexual. Hoje, é quase impensável afirmar publicamente que o pecado de Sodoma é considerado pecado. Aqueles que proclamam a Palavra de Deus são rotulados como homofóbicos; porém, ser homofóbico é algo que um verdadeiro cristão não é. Nos posicionamos contra o homossexualismo, mas não temos nenhuma objeção à “pessoa” [ser humano] do homossexual (Mt 22.39; Ef 6.12). Por exemplo, as leis existentes contra dirigir sob efeito de álcool não discriminam aqueles que consomem bebidas alcoólicas. Um indivíduo pode ser contrário ao alcoolismo sem se opor aos alcoólatras enquanto pessoas. É crucial distinguir entre a pessoa e a prática; nossa crítica se dirige ao comportamento homossexual e não aos homossexuais enquanto seres humanos.
Entretanto, o homossexualismo não se limita unicamente à sociedade moderna e ao sistema carnal que governa este mundo caído (1Jo 2.15-17). Ele se expandiu para dentro do âmbito religioso e já conseguiu apossar-se de inúmeras Igrejas. Para se cumprir o que fora dito pelo Senhor — conforme o pecado aumentaria na Terra (Mt 24.12) — cresce o número de Igrejas que consideram a união homossexual como um comportamento não apenas aceitável, mas supostamente compatível com a vida cristã.
De maneira análoga à forma como o diabo distorceu as verdades divinas para induzir Eva ao erro (Gn 3; 2Co 11.3-4), teólogos liberais têm buscado reinterpretar os textos bíblicos (2Co 11.13-15), afirmando que homossexualismo não é condenado pelas Escrituras (2Pe 3.16-17). Diversas abordagens teológicas têm sido propostas com o intuito de aceitar homossexuais, tanto masculinos quanto femininos, como membros da Igreja e permitir a expressão livre de sua “homossexualidade” no ambiente cristão. Há várias tentativas de reinterpretação das passagens bíblicas visando legitimar esse propósito. Um bom exemplo disso é a questão do amor.
Em uma abordagem equivocada na defesa da prática homossexual, argumenta-se que, “por Deus ser Amor, Ele aprova todas as relações humanas, independentemente de sua natureza, desde que exista esse sentimento”. Essa linha de pensamento tem propiciado o surgimento de Igrejas onde homossexuais são aceitos como membros e aprendem que o comportamento gay não constitui um obstáculo à vida cristã e à salvação. Dessa forma, se houver amor genuíno entre dois homens ou duas mulheres, isso validaria seu comportamento sob a perspectiva das Escrituras. No entanto, a mesma Bíblia que nos ensina que Deus é Amor (1Jo 4.8) igualmente diz que Ele é Santo, Justo e Zeloso (1Pe 1.15-16; Sl 119.137, Dt 4.24), e Sua vontade quanto à sexualidade humana é que esta seja manifestada dentro do casamento heterossexual monogâmico, sendo vedadas quaisquer outras formas de relações sexuais fora desse contexto.
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