Ideologia de Gênero
Teóricos da “ideologia de gênero” afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria identidade, isto é, seu gênero ao longo da vida. Para eles, não existe a divisão entre macho e fêmea, pois o ser humano nasce capaz de ser ou se tornar quem quiser. Defendem ainda a ideia de que cada um é responsável por construir sua própria identidade, incluindo a escolha do gênero, e isso independe do que Deus e a biologia humana determine como macho e fêmea. Contrariando a ordem natural do que Deus criou, incitam que quem nasce biologicamente menino, não é definido como homem, pois pode escolher ser mulher. E quem nasce biologicamente menina, não é definida como mulher, pois pode escolher ser homem.
Homem e mulher são papéis sociais flexíveis e relativos na Ideologia de Gênero. Trata-se de construções demoníacas nas quais seus proponentes impuseram às pessoas e não uma realidade fixa e imutável como fora criada por Deus. De acordo com estas ideias, tanto a criação de Deus quanto a biologia não determinam nada, mas sim a decisão de cada um de ser o que preferir.
A Bíblia é explícita e coerente quando afirma de forma uníssona, do começo ao fim, sua posição contra esses segmentos (Rm 1.18-32). Para qualquer que quiser defender esses movimentos deverá admitir que a Bíblia é irrelevante para a humanidade moderna, incoerente em relação à atualidade e, portanto, insuficiente como fonte de verdade e orientação para a vida — que a Bíblia não apenas é deficiente, mas também explicitamente perigosa.
AS 5 PRINCIPAIS IDEIAS DA IDEOLOGIA DE GÊNERO
1 – HOMENS E MULHERES NÃO SÃO DIFERENTES
A partir dos anos 60, já existiam ensinamentos relacionados aos estudos de gênero. A intenção é eliminar a desigualdade entre homens e mulheres, eliminando a última discriminação: a do sexo. Por isso, os teóricos começaram a negar as diferenças entre o sexo masculino e o feminino. Por exemplo, começaram a contestar que existem profissões tipicamente masculinas ou femininas.
Parte da estratégia consiste em negar que existem papéis distintos na criação dos filhos, como o do pai e o da mãe. Um dos maiores ensinamentos da Ideologia de Gênero é que homem e mulher são construções sociais que podem mudar a qualquer momento. Principalmente em relação à mulher, a ideologia ensina que ela precisa libertar-se do âmbito familiar que a oprime.
2 - O SEXO BIOLÓGICO PODE SER MODIFICADO
Homens nascem com o DNA XY e mulheres com o DNA XX. O corpo de um tem o órgão genital masculino e mais testosterona, enquanto o outro possui o órgão genital feminino, ovário e glândulas mamárias. Estes são exemplos simples de algumas diferenças biológicas entre homem e mulher.
Entretanto, de acordo com a Ideologia de Gênero, estas diferenças físicas são transitórias e maleáveis. Portanto, nenhuma pessoa precisa prender-se a elas apenas por causa de seu nascimento ou características. Em qualquer estágio da vida, ou seja, em qualquer idade, a pessoa pode escolher ser algo diferente do que nasceu. Se valendo até de métodos cirúrgicos para a transição de sexo. A transexualidade, por exemplo, é amplamente incentivada pelos teóricos da Ideologia de Gênero. Ela é vista como um sinal de liberdade e emancipação individual.
3 – A FAMÍLIA NATURAL É APENAS UM ESTEREÓTIPO
A família natural, como fora criada por Deus (Mt 19.4-6), é constituída por pai, mãe e filhos com papéis definidos. Nela, o homem cumpre seu papel masculino, a mãe cumpre seu papel feminino e os filhos aprendem com ambos de forma diferente.
Contudo, para os defensores da Ideologia de Gênero, esta diferenciação é fruto de uma tradição que oprime a mulher e reforça a desigualdade. Segundo eles, uma vez extinguida a distinção entre homem e mulher, os papéis na família são reorganizados. A família, no singular, deixa de existir. A realidade passa a ser de famílias, no plural. Isto significa que existem diversas formas de se constituir uma família. Basta que as pessoas se unam, não importando se forem dois homens, duas mulheres, ou três, quatro e assim por diante…
4 – A PATERNIDADE PODE SER DESSEXUALIZADA
Como foi relatado no tópico acima, os teóricos de gênero afirmam que não há papel social definido na família. A consequência mais evidente é a dessexualização da paternidade, já que não importa mais quem foram os responsáveis pela concepção da criança. Neste caso, os filhos deixam de serem frutos da relação de um homem com uma mulher. No contexto da Ideologia de Gênero, eles são gerados artificialmente em qualquer grupo social. A fertilização in vitro e a barriga de aluguel, por exemplo, tornam-se práticas promovidas com naturalidade. Para os defensores desta ideia é ofensivo dizer que crianças possuem o direito de ser educadas por um pai e uma mãe.
5 – AS ESCOLAS E A MÍDIA PRECISAM ADERIR AOS ENSINAMENTOS DA IDEOLOGIA DE GÊNERO
A Ideologia de Gênero não é bem aceita pelas famílias, e não deve ser, especialmente, pelos cristãos. Embora o povo se manifeste contra a agenda da Ideologia de Gênero, ela avança na educação, nas mídias sociais e nos meios de comunicação. A linguagem é alterada para que a diferença entre homem e mulher não seja reforçada, nem ensinada nas escolas. Seminários, palestra e aulas promovem o ensino da Ideologia de Gênero nas escolas, mesmo que isso contrarie a vontade dos pais.
Estes ideólogos apresentam suas ideias de gênero como algo avançado, que promove maior liberdade e luta contra a discriminação, desigualdade e homofobia. Ao mesmo tempo, atacam os que se opõem, taxando-os de preconceituosos e propagadores de discurso de ódio.
Parte da estratégia para impor a Ideologia de Gênero na sociedade envolve a criação de ídolos homossexuais ou transexuais. Artistas, cantores e influenciadores digitais são exemplos de ícones que influenciam muito a opinião social. Com alta frequência se vê esses personagens atuando em papéis homossexuais, fazendo apologia a Ideologia de Gênero e ao homossexualismo. Além disso, leis criminais constantemente são propostas para punir a todos que se oponham à Ideologia de Gênero.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As pessoas não nascem com gênero, todas nascem com sexo biológico, com a consciência de ser homem ou mulher, e com a sexualidade objetivamente binária, não havendo outras opções. A intenção clara vista nesta divisão natural é a reprodução da espécie humana, criada e estabelecida por Deus dentro do contexto de uma relação heterossexual monogâmica: “E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra...” (Gn 1.27,28a; 2.18-24).
“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade...” (Ef 6.12). A luta do cristão não é contra carne e sangue, ou seja, não é contra pessoas. Nossa luta não é física, mas espiritual. Dito isso, devemos entender que por trás desses movimentos quase sempre há espíritos malignos manipulando e cativando essas pessoas a viverem esses estilos de vida. A grande maioria das pessoas (não digo todas) que apropriam-se de movimentos de ressignificação sexual são induzidas e controladas por espíritos malignos que alteram significativamente o seu jeito de ser (Mc 5.1-20; Mt 9.32-33). E por sofrerem forte influencias malignas, possuem grande predisposição em assumir tais identidades e papéis como modo de vida. Todavia, esse quadro é reversível, pois são pessoas que necessitam ser alcançadas, libertas e transformadas por Cristo, caso contrário, em sua natureza humana, são incapazes de se libertar desses segmentos acreditando até que nasceram assim ou que essas ideologias são de fato a verdade. “Se, pois, o Filho (Jesus) vos libertar, verdadeiramente vocês serão livres” João 8.36.
Referências:
Ética Cristã — Opções e Questões Contemporâneas — Norman L. Geisler
Ideologia de Gênero — Redação Brasil Paralelo