O Homossexualismo na Perspectiva Científica
Ir. Eric Alexandre
15 min read
Por diversas razões, atos homossexuais não podem ser legitimados com base em evidências científicas que sustentem a ideia de uma hereditariedade. Não há provas científicas irrefutáveis que corroboram o argumento de que as tendências homossexuais são de origem genética. Em contrapartida, existem numerosas evidências de que esse comportamento pode emergir do próprio indivíduo ou ser aprendido. Algumas pessoas podem já apresentar uma predisposição [natureza carnal] para tal, enquanto outras se sentem atraídas por essa prática e são incentivadas a realizar atos homossexuais, como se vê muito nos meios midiáticos e educacionais atualmente.
A alegação homossexual de que se nasce com essa condição genética carece de coerência, racionalidade e respaldo científico. A única justificativa bíblica pertinente é a escravidão promovida pelos demônios e pela natureza pecaminosa, descrita na Bíblia como carne (Rm 7). A ciência não pode atestar a existência de uma origem genética ou biológica para os desejos homossexuais, visto que tais fatores não estão presentes fisicamente ou em estruturas genéticas. Ninguém nasce de uma relação sexual entre homossexual, e ninguém vem ao mundo naturalmente homossexual. Eles se tornam homossexuais em algum ponto de suas vidas. A principal raiz do homossexualismo é a natureza pecaminosa, a carne (Rm 1.23-32; Gl 5.16-21), embora essa prática também possa estar relacionada à influência de espíritos malignos, que distorcem o caráter e a personalidade dessas pessoas, levando-as a adotar comportamentos homossexuais. Essa manipulação justifica a suposta inclinação ao homossexualismo, visto que são os espíritos malignos os responsáveis por induzi-las a tal comportamento, e não o que são por natureza: homem ou mulher (Mc 5.1-20).
A reprodução sexuada é fundamental para a sobrevivência de espécies. O homossexualismo, por não estar diretamente relacionado à reprodução natural, é uma característica que não favorece a continuidade genética. Uma vez que homossexuais não se reproduzem, não há possibilidade de transmissão de desejos genéticos às próximas gerações. Mesmo que a pseudociência especulativa tentasse formular uma causa biológica [como o fazem com o evolucionismo], essa tentativa infundada não conseguiria justificar os desejos homoeróticos.
Levanta-se a questão: assim como ocorre com pessoas que se relacionam sexualmente com animais e não geram prole, por que os homossexuais também não podem procriar? A resposta é bastante óbvia: tais práticas são antinaturais e contrárias à ordem estabelecida por Deus na criação do mundo. Apenas através da combinação de 23 cromossomos de uma mulher com os 23 cromossomos de um homem é que se pode formar um DNA composto por 46 cromossomos. Essa união resulta em um genoma singular, cuja evolução possibilitará o início da gestação e o surgimento da vida. Mesmo nas imorais fertilizações artificiais (In Vitro), é necessário que haja a inserção de um espermatozoide masculino em um óvulo feminino para que o processo gestacional ocorra. De qualquer forma, em todos os casos citados, sempre está presente a interação entre os componentes da natureza masculina e feminina para gerar uma nova vida; não existe uma terceira alternativa. Ainda que haja avanços significativos no campo médico e científico, as capacidades atuais dessas áreas continuam incapazes de criar uma vida fora desse contexto.
Os verdadeiros filhos de Deus não aceitam nem promovem o homossexualismo. Isso seria comparável à aceitação das teorias irracionais do evolucionismo. O fato do ser humano já nascer com tendências pecaminosas herdadas de Adão, não retira dele a culpa por continuar praticando ações perversas. A Bíblia representa a autoridade final sobre nosso comportamento (2Tm 3.16-17; 2Pe 2.5-6) e condena explicitamente práticas homossexuais: “Vocês não sabem que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não se enganem: [...] nem homossexuais passivos ou ativos [...] herdarão o reino de Deus” (1Co 6.9-10).
A Formação do Genoma Humano e a Definição Biológica da Sexagem
No contexto do homossexualismo, não há implicações biológicas ou morais na diferenciação entre masculino e feminino. Nossas distinções biológicas, anatômicas e hormonais fazem pouca ou nenhuma diferença para eles. Contudo, as diferenças biológicas entre os homens e as mulheres são inegáveis e manifestam-se desde o processo fecundativo devido aos cromossomos sexuais envolvidos. Na reprodução humana, cada nova vida recebe 50% da carga genética da mãe e 50% do pai — os gametas (óvulos e espermatozoides) são haploides, contendo um total de 23 cromossomos da mulher que se combinam com outros 23 cromossomos do homem. Durante a fertilização, esses cromossomos se unem, formando uma célula diploide com um total de 46 cromossomos. Com esta união dos cromossomos surge um genoma único que determinará instantaneamente características como sexo, cor dos cabelos, cor dos olhos e centenas de outras peculiaridades individuais. Os últimos cromossomos a se ligarem são os sexuais e definirão se o recém-nascido será um menino ou uma menina. O cromossomo sexual do óvulo é sempre X, enquanto o espermatozoide pode portar um cromossomo X ou Y. A combinação resultante (XX) determina uma fêmea e (XY) determina um macho. Este é o padrão típico de determinação sexual em humanos e muitas outras espécies de mamíferos.
Os homossexuais também vêm ao mundo projetados (nascidos) como homens (XX) ou mulheres (XY). Não existe uma terceira categoria sexual válida no processo natural em que ocorre as coisas. mesmo ocorrendo alguma anormalidade na combinação cromossômica durante esse processo, qualquer criança concebida provavelmente apresentará alguma deficiência física ou psicológica mas ainda assim será classificada biologicamente como homem ou mulher. As combinações XX e XY refletem estados normais da saúde humana em vez de transtornos. Logo, pode-se afirmar categoricamente que a sexualidade humana é objetivamente binária sem alternativas viáveis adicionais. A intenção clara subjacente nessa divisão natural refere-se à reprodução da espécie humana conforme estabelecido por Deus no ato da criação; isso é claramente demonstrável através dos estudos sobre mitose e meiose elucidativos nas ciências biológicas.
A Bíblia já alertava que, à medida que se aproximasse o fim dos tempos, surgiriam tempos difíceis, marcados pela inversão de valores e pela relativização da verdade, além de perseguições intensas aos cristãos (2 Tm 3; Mt 24). No âmbito da sexualidade, essa distorção de valores não seria uma exceção. Embora o homossexualismo tenha raízes em épocas remotas, a visão contemporânea a respeito da sexualidade é mais influenciada por fatores culturais, sociais e psicológicos do que por evidências científicas sólidas. A biologia humana reconhece tradicionalmente uma divisão binária entre os sexos (masculino XY e feminino XX) como norma; a ciência moderna e a medicina, por outro lado, postulam que existem outras variações, como intersexualidade e síndromes cromossômicas, que ampliam o espectro da sexualidade biológica.
De maneira controvérsia, esse argumento alega que existem condições intersexuais, como a Síndrome de Klinefelter (XXY), Síndrome de Turner (X0) e outras variações cromossômicas que desafiam a concepção de uma sexualidade biológica estritamente binária. Pessoas com essas condições podem apresentar características físicas e genéticas que não se enquadram totalmente nas definições tradicionais de masculino (XY) ou feminino (XX).
Ademais, alguns apelam a Intersexualidade ao afirmar que a biologia reconhece a existência de pessoas intersexo, nas quais as características sexuais não se alinham exclusivamente com as típicas definições de masculino ou feminino. Estas variações podem ocorrer por diferentes razões, como variações nos cromossomos, na formação dos órgãos sexuais ou em outras diferenças hormonais.
Apesar de ser verdadeira a afirmação de que existam alterações cromossômicas consideradas desvios cromossômicos e genéticos — tal como ocorre na Síndrome de Klinefelter (XXY), na Síndrome de Turner (X0) e em algumas outras — tais condições são tratadas como exceções raras e anomalias dentro da biologia. Especificamente falando, por serem exceções à norma esperada no nascimento humano, quase todos os indivíduos portadores dessas síndromes não se identificam como homossexuais. Na realidade, eles são homens ou mulheres apresentando algumas alterações corporais ou hormonais decorrentes desses desvios cromossômicos e genéticos; mas continuam sendo biologicamente classificados como homens ou mulheres. A presença dessas anomalias não redefine as categorias biológicas de sexo, que permanecem sendo essencialmente binárias. Para exemplificar, os portadores da Síndrome de Klinefelter mantêm características predominantemente masculinas ou feminino, mesmo que apresentem um cromossomo extra. A ciência reconhece essas variações como desordens de desenvolvimento sexual, e não como uma categoria distinta de sexo. As definições de sexo nesses casos ainda se baseiam em características biológicas fundamentais, como a presença de órgãos reprodutivos masculinos ou femininos e as funções hormonais associadas.
À luz das Escrituras Sagradas, quando se discorre sobre questões como intersexualidade e síndromes cromossômicas é preciso analisá-las através da teologia da queda. A Bíblia ensina que a criação foi impactada pelo pecado (Romanos 8:20-22), resultando em imperfeições e distorções nas esferas espiritual e física do ser humano — o que inclui as estruturas genéticas. Desse modo, variações biológicas relacionadas às síndromes cromossômicas podem ser interpretadas como parte das consequências desse estado caído e não como elementos que invalidam a ordem criada por Deus ou fundamentam uma terceira opção sexual.
Além disso, mesmo diante das variações existentes, isso não implica na negação dos desígnios originais de Deus, que permanecem orientados para a complementaridade e a reprodução entre homem e mulher. Mesmo nos casos onde há anomalias anatômicas ou hormonais significativas, esses estados devem ser entendidos como exceções cuja existência não altera a ordem designada na criação, em que qualquer pessoa continuará sendo biologicamente homem ou mulher ao nascer.
Anatomia Genital e a Regulação Hormonal
Adicionalmente, considerar a anatomia dos órgãos sexuais masculinos e femininos deveria evidenciar ainda mais que as práticas homoeróticas são incomuns sob qualquer perspectiva normalizadora. Enquanto um corpo possui o órgão genital masculino acompanhado por níveis elevados de testosterona, o outro apresenta estrutura feminina com ovários, glândulas mamárias e maior presença hormonal progesterona — exemplos básicos, mas bastante evidentes das diferenças morfológicas essenciais entre homens e mulheres.
O homem possui órgãos genitais externos, sendo a elevada produção de testosterona necessária para o desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas, como aumento da massa muscular, crescimento de pelos no rosto e corpo, além da profundidade da voz. A testosterona colabora para a espermatogênese e a libido, além de influenciar o metabolismo, o comportamento (agressividade e libido), e a manutenção da massa óssea e muscular. Indiscutivelmente, todas essas características são marcadamente masculinas!
Por outro lado, a mulher detém órgãos genitais internos, incluindo os ovários, trompas de Falópio e útero, além das glândulas mamárias. Os ovários são responsáveis pela produção de óvulos bem como pela síntese dos hormônios estrogênio e progesterona. Ambos os hormônios desempenham papéis cruciais no ciclo menstrual, na ovulação e na manutenção da gravidez. O estrogênio contribui para o desenvolvimento das características sexuais femininas, como o crescimento das glândulas mamárias, a distribuição de gordura corporal em regiões como quadris e coxas, além de regular o ciclo menstrual. A progesterona tem um papel significativo na preparação do útero para a implantação do embrião e na manutenção da gravidez. Durante o ciclo menstrual, a progesterona também regula o espessamento do endométrio.
Torna-se evidente que as diferenças morfológicas e funcionais dos sistemas reprodutores refletem características biológicas distintas para a reprodução. Nos homens, a produção contínua de espermatozoides possibilita a fecundação em qualquer momento após a puberdade, enquanto as mulheres têm um ciclo reprodutivo que inclui a ovulação mensal e a capacidade de gestar.
Aparência Física e Distinções Estéticas
Além dos órgãos sexuais, existem diferenças em outras características físicas, como o tamanho do esqueleto, a distribuição de gordura corporal, a densidade capilar e a tonalidade da voz. Os homens possuem uma estrutura óssea maior e mais densa, com ossos mais longos e robustos. A pélvis masculina é mais estreita e profunda, adaptada para suportar uma maior massa muscular. As mulheres, sua estrutura óssea é geralmente menor e mais leve, com uma pélvis mais larga e arredondada, adaptada para a gestação e o parto. Essa diferença contribui para uma distribuição de peso diferente e para a postura.
Além das distinções anatômicas fundamentais entre os homens e mulheres, há também diferenças incontestáveis em suas aparências externas.
Os homens, em geral, apresentam uma estrutura corporal mais larga e musculosa, com ombros mais amplos em relação aos quadris. O tronco tende a ser mais longo e a cintura menos marcada. A relação entre os ombros e os quadris resulta em uma forma mais triangular (inversa). Deus os dotou de traços faciais mais angulares e acentuados, como uma mandíbula proeminente, sobrancelhas mais grossas e destacadas, além de um nariz maior. Sua pele é normalmente mais espessa devido à ação da testosterona, que também contribui para uma maior quantidade e espessura de pelos corporais e faciais. Isso inclui barba e pelos no peito, abdômen e, em alguns casos, nas costas. Homens podem apresentar queda de cabelo mais acentuada e calvície em padrões específicos devido à sensibilidade aos hormônios androgênicos, como a di-hidrotestosterona (DHT), ao passo que as mulheres geralmente mantêm uma linha capilar mais estável ao longo da vida e têm uma menor propensão à calvície.
Em contraste com os homens, Deus criou as mulheres com características estéticas mais graciosas, resultando em uma distribuição de gordura mais equilibrada que proporciona quadris mais largos em relação aos ombros e uma cintura bem delineada. Esse padrão confere ao corpo feminino uma forma de ampulheta, que é uma característica típica associada à distribuição de gordura e estrutura pélvica adaptada para a gestação. As mulheres foram concebidas com traços faciais mais suaves e arredondados, com menos protuberância óssea e uma mandíbula menos marcada. Sua pele tende a ser mais fina e elástica devido à influência do estrogênio. Além disso, elas possuem uma quantidade significativamente menor de pelos corporais e faciais, e os pelos tendem a ser mais finos e menos visíveis. A quantidade de pelos é regulada pelo estrogênio, que inibe um crescimento excessivamente denso. Enquanto a pele masculina é tipicamente mais espessa e frequentemente oleosa, a feminina se caracteriza por ser mais fina e menos oleosa.
As distinções físicas e visíveis, que são inegáveis aos olhos de todos, testemunham a maneira pela qual Deus criou as coisas. Demonstrando que os aspectos naturais e a ordem do universo já evidenciam e manifestam, por meio da consciência e da criação, a existência de um Criador ordenado. Deus concebeu o ser humano na dualidade de macho e fêmea, estabelecendo a monogamia heterossexual como a ordem natural, permanente e universal. Essa diferenciação biológica entre os sexos é entendida não como uma escolha humana, mas como uma determinação divina.
A aparência externa tem considerável relevância aos olhos divinos — dessa forma foi instituída no antigo Israel uma Lei moral concernente à distinção nos vestuários entre homens e mulheres: “A mulher não usará roupa masculina nem o homem vestirá roupas próprias às mulheres; porque quem pratica tais coisas é abominável ao Senhor teu Deus” (Dt 22.5). Assim sendo, segundo as Escrituras, as mulheres devem evitar trajes masculinos assim como os homens não devem usar vestimentas femininas — tal conduta opõe-se à vontade divina e, tudo quanto contraria a vontade de Deus, configura-se em pecado.
Os padrões claros das distinções sexuais definidos por Deus e reconhecidos historicamente devem ser respeitados — mesmo quando costumes sociais possam variar ao longo do tempo ou através das culturas — persiste inalterado o princípio fundamental da diferença entre os sexos incluindo as formas como homens e mulheres devem se vestir.
A Influência do Evolucionismo na Sociedade
De maneira similar a diversas outras práticas pecaminosas e teorias infundadas, alguns homossexuais recorrem ao evolucionismo como forma de legitimarem suas condutas. Embora a maioria das teorias de Darwin sobre os mecanismos de evolução tenha sido descartadas há bastante tempo, a própria doutrina da evolução conseguiu atingir na mente moderna do povo o status de: “a base da história natural”. Naturalismo é a visão de que cada lei e cada força operante no universo é natural, e não moral, nem espiritual, nem sobrenatural. O naturalismo é inerentemente antiteísta, rejeitando o próprio conceito de um Deus pessoal.
O evolucionismo, com suas repercussões na ordem social, tem dissipado toda responsabilidade moral e ética e, em última análise, negado qualquer esperança para a humanidade. Em outras palavras, se o cosmos impessoal abrange tudo o que existe, existiu e sempre existirá, então a moralidade se torna uma questão passível de debate, onde os conceitos de certo e errado são relativos a fatores diversos, exceto ao caráter moral do Criador do universo. Para os naturalistas, não existe Deus, e se não há um Criador pessoal que sirva como referência para todos os seres criados e ao qual a humanidade tenha que prestar contas, então prevalece a noção de que a moral é relativa e a sobrevivência do mais apto constitui a lei que rege o universo. Nessa perspectiva, todos os princípios morais que normalmente orientam a consciência humana perdem o valor de sua aplicabilidade — podendo até ser prejudiciais à sobrevivência da espécie humana.
A ascensão do evolucionismo tem significado uma catástrofe moral para a sociedade. As ideologias mais nocivas dos séculos 19 e 20 foram todas fundamentadas no darwinismo. Um dos primeiros defensores das ideias de Darwin, Thomas Huxley, proferiu uma conferência em 1893 na qual argumentou sobre a incompatibilidade entre evolução e ética. Ele afirmou que "a prática do que é eticamente melhor —aquilo que denominamos bondade ou virtude — envolve um modo de conduta que se opõe, em todos os aspectos, ao que conduz ao sucesso na luta cósmica pela existência."
Os filósofos que incorporaram as ideias de Darwin reconheceram rapidamente a perspectiva de Huxley, elaborando novas filosofias que prepararam o palco para a amoralidade e genocídio que caracterizaram bastante o século 20. Karl Marx, por exemplo, seguiu as pegadas de Darwin na formulação de suas teorias econômicas e sociais. Ele dedicou um exemplar de seu livro "Das Kapital" [O capital] a Darwin, com os dizeres "de um devoto admirador", referindo-se à obra "A Origem das Espécies" como "um livro que contém o fundamento da história natural para nossa consideração".
A filosofia de Herbert Spencer sobre o "Darwinismo Social" aplicou as doutrinas da evolução e da sobrevivência do mais apto à dinâmica social. Spencer argumentou que se a própria natureza determinou que o mais apto sobrevivesse e o mais fraco perecesse, esta regra deveria reger igualmente todas as sociedades humanas. As distinções entre classes e raças refletiriam apenas os padrões da natureza. Logo, não haveria razão moral transcendental para apoiar as lutas das classes menos favorecidas. Afinal, isso faz parte do processo evolutivo natural, em que a sociedade se aperfeiçoará ao reconhecer a superioridade das classes dominantes e incentivar sua ascensão. O racismo manifestado por autores como Ernst Haeckel (que afirmava serem as raças africanas incapazes de desenvolver cultura ou capacidades mentais superiores) também encontrou suas raízes no darwinismo.
Toda a filosofia de Friedrich Nietzsche estava alicerçada nas doutrinas evolucionistas. Nietzsche expressava uma hostilidade amarga em relação à religião, especialmente ao cristianismo. A moral cristã simbolizava tudo aquilo que ele odiava; ele acreditava que os ensinamentos cristãos exaltavam a fraqueza e eram prejudiciais ao desenvolvimento da humanidade. Ele debochou dos valores morais cristãos como humildade, misericórdia, modéstia, mansidão e compaixão pelos vulneráveis e pela ajuda ao próximo. Ele acreditava que tais ideais tinham propagado a fraqueza na sociedade. Nietzsche categorizou as pessoas em duas classes: os "senhores", uma minoria predominante iluminada; e os "escravos", descritos como rebanhos facilmente manipuláveis. Concluiu afirmando que somente quando os senhores evoluíssem para uma raça de "super-homens" (Übermenschen), desprovidos de costumes sociais ou religiosos restritivos, eles tomariam o poder necessário para elevar a humanidade ao próximo estágio de sua evolução.
Todas essas filosofias contemporâneas — incluindo abordagens relacionadas ao homossexualismo e algumas outras — baseiam-se em premissas diametralmente opostas à visão bíblica acerca da natureza humana por começarem com uma perspectiva darwinista sobre as origens humanas. Elas são apoiadas em teorias anticristãs sobre as origens do homem e do cosmo e, por conseguinte, não é de se espantar que tenham se oposto aos princípios bíblicos em todos os níveis.
A questão fundamental é clara: todos os frutos filosóficos derivados do darwinismo têm sido negativamente impactantes e destrutivos para qualquer tentativa construtiva dentro das sociedades humanas. Nenhuma das revoluções significativas do século 20 encabeçadas por filosofias pós-darwinistas gerou melhorias ou enobrecimentos sociais tangíveis. Ao invés disso, o principal legado político-social desse pensamento é um vasto espectro de tirania perversa com o comunismo inspirado por Marx de um lado e o fascismo inspirado por Nietzsche de outro. A catástrofe moral que tem desfigurado a moderna sociedade está diretamente vinculada ao darwinismo e à rejeição dos princípios morais e a ordem estabelecidos por Deus.
A noção de que os processos naturais da evolução podem ser responsáveis pela origem de todas as espécies vivas nunca foi nem nunca será estabelecida como um fato. Nem é "científico" sob qualquer sentido verdadeiro da palavra. A ciência lida com o que pode ser observado e reproduzido por experimentação. Tanto o evolucionismo quanto o homossexualismo carecem de bases factuais e não apresentam evidências científicas, o que os torna inválidos e os classifica como ideologias socioculturais meramente humanas, e isso quer dizer que não são verdadeiras e embasadas em fatos.
Dessa forma, conclui-se que o homossexualismo resulta de fatores comportamentais, socioculturais e espirituais, não genéticos. Durante a história, os estudos que abordam a influência de fatores genéticos na orientação sexual não conseguiram fornecer evidências conclusivas que demonstrem a existência de um gene específico responsável pelo homossexualismo. Assim, com base em evidências científicas, o homossexualismo carece de qualquer fundamentação em elementos claros e testáveis. De fato, suas justificativas se encontram exclusivamente em dimensões culturais, sociais e psicológicas, e não na verdadeira ciência ou nas Escrituras bíblicas. Inclusive, os fatores culturais, sociológicos e psicológicos são justificativas puramente humanistas e naturalistas, provenientes de pessoas ímpias, as quais devem ser desconsideradas à luz de qualquer exegese bíblica e raciocínio lógico.
Ao contrário da chamada falsa ciência (1Tm 6.20), a verdadeira ciência nunca invalidou uma única palavra das Escrituras, e, nunca irá fazê-lo. Embora a Bíblia não tenha um caráter científico, as descobertas da verdadeira ciência sempre corroboraram seus ensinamentos; no tocante à sexualidade, isso não é diferente: não existem genes gays. Cada ser humano nasce biologicamente como homem ou mulher, conforme a criação original de Deus (Gn 1.27).
Copyright © 2025 Sã Doutrina e Teologia Sistemática. All Rights Reserved.