Os Pecados Homossexuais São Contrários À Natureza

Ir. Eric Alexandre

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O homossexualismo é uma negação total do mundo real. A própria ordem da natureza se opõe de maneira contundente a tais práticas. De fato, a natureza evidencia que o homossexualismo é errado. Ele é simplesmente contrário à prática natural da sexualidade humana. Em Romanos 1.26, as Escrituras afirmam que os homossexuais: "substituíram as relações sexuais naturais pelo que é contrário à natureza". É importante ressaltar que essa referência diz respeito à natureza essencial [biológica], e não à sua dimensão sociológica.

Existem diversas razões que nos permitem chegar a essa conclusão. Desde o início, a sexualidade é definida na Santa Bíblia em termos biológicos. Em Gênesis 1, Deus criou todas as coisas de forma ordenada e disse ao homem e à mulher: "frutificai e multiplicai-vos" (v. 27,28). Aqui se estabelece a ordem natural da família, onde a reprodução somente seria possível através do relacionamento íntimo entre um homem e uma mulher, do ponto de vista biológico. Assim, a orientação sexual é entendida a partir da perspectiva biológica e não sociológica ou cultural. Quando Deus diz: "Portanto, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne" (Gn 2.24), destaca-se que apenas um pai e uma mãe biológicos podem gerar filhos, e a referência a “uma só carne” remete ao ato físico do sexo.

O ato sexual legítimo envolve três elementos naturalmente complementares: dualidade, complementaridade e fecundidade. Não pode haver um ato sexual isolado [masturbação], pois tal situação infringe o princípio da dualidade. Não basta que haja duas pessoas, é preciso que elas sejam complementares [fisiológica e espiritualmente]: um homem e uma mulher. Ademais, esse ato deve ocorrer de forma a permitir a procriação: ele é naturalmente fecundo. Homossexuais não podem procriar como duas pessoas normais [homem e mulher]. As concepções de filhos geradas entre eles são laboratoriais no caso das lésbicas ou por meio de adoção no caso dos gays. Por isso frequentemente recorrem a técnicas antinaturais como a reprodução in vitro ou barriga de aluguel para obter “filhos”.

Nesse contexto, o pecado da prostituição [gr. pornéia] por si só já seria suficiente para afirmar quão contrárias às diretrizes bíblicas são as práticas homoeróticas. Contudo, há ainda outro grave dilema antinatural, ético e moral associado a esse estilo de vida: as técnicas de reprodução assistida. Nesse processo comumente acontecem a destruição de numerosos embriões humanos que são descartados devido à falta das características genéticas desejadas ou porque foram produzidos laboratorialmente sem jamais terem sido implantados, permanecendo congelados indefinidamente ou sendo submetidos à experimentação científica. Outro significativo problema nas técnicas de reprodução assistida reside na triagem das células sexuais para identificar em embriões humanos aqueles portadores de doenças ou anomalias genéticas, visando eliminá-los. No entanto, não cabe ao ser humano decidir sobre questões relacionadas à vida ou à morte. A produção de inúmeros embriões seguida de sua destruição configura-se em homicídio em massa! Também não lhe compete realizar análises cromossômicas com o intuito de selecionar o sexo ou outras características morfológicas do recém-nascido, nem a criação de embriões para fins experimentais.

Além de ser uma prática errônea por si mesma, o homossexualismo gera ainda muitas outras práticas pecaminosas. A Bíblia declara que o modo de vida homossexual é imoral além de “antinatural”, surgindo quando um indivíduo “abandona” suas inclinações naturais: “Por isso Deus os entregou aos desejos pecaminosos dos seus corações e à imundícia para desonrarem os seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram mais os seres criados do que ao Criador, que é bendito para sempre. Amém. Por causa disso Deus os entregou às paixões vergonhosas; porque até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras contrárias à natureza; assim também os homens abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram em sensualidade uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão” (Rm 1.24-27).

Consoante Romanos 1, a Palavra do Senhor descreve atividades homossexuais como paixões infames repletas de luxúria e perversão centradas tanto no coração quanto no comportamento homossexual. Os homens "arderam em desejo sensual uns pelos outros", enquanto as mulheres “trocaram suas relações sexuais naturais pelas contrárias à natureza” (v. 26-27). O que essas pessoas praticam não possui caráter natural; trata-se antes de uma “substituição” das “relações sexuais naturais” (v. 26). Seus impulsos eróticos são designados como “paixões vergonhosas” (v. 26).

Ainda que o significado transmitido por essa passagem bíblica seja muito claro, existem esforços para reinterpretá-la em uma tentativa equivocada de legitimar o homossexualismo. Defensores da chamada "teologia gay" afirmam que no trecho mencionado Paulo estaria apenas repetindo proibições contidas em Levítico acerca da prática homossexual dentro do contexto da prostituição cultual — restrição esta que supostamente não se aplicaria fora das práticas idolátricas pagãs. É suficiente, porém, uma leitura atenta do texto bíblico para perceber claramente a ênfase condenatória nas palavras do apóstolo Paulo. Sua intenção se revela precisamente no que está expresso: que homens e mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro contrário à natureza, e que se inflamaram mutuamente em sua sensualidade – homens com homens e mulheres com mulheres –, cometendo atos indecentes e recebendo em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão. No contexto dessa passagem, Paulo enfatiza que não está tratando apenas da pederastia, como alguns alegam, já que esta ocorre somente entre homens, mas abrange todas as relações homossexuais, sejam elas entre homens ou mulheres.

Em Gálatas 5.19-21 e em Apocalipse 22.15, as expressões gregas “pornéia” e “pornos” são utilizadas como sinônimos para se referir ao pecado sexual. Esses vocábulos abrangem todas as formas de relações sexuais consideradas ilegais, incluindo prostituição, adultério, homossexualismo, perversão e imoralidade sexual. Aqueles que se entregam a práticas de natureza sexual não apenas transgridem contra Deus, mas também pecam contra seu próprio corpo: “Fujam da prostituição [gr. pornéia]. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” (1Co 6.18). A prática do homossexualismo é caracterizada por egoísmo e imoralidade, profanando o corpo ao utilizá-lo de maneira divergente à sua criação original. Cada órgão possui uma função específica que deve ser respeitada em sua utilização. Os métodos empregados por homossexuais para estabelecer relações sexuais contrariam as funções biológicas dos órgãos reprodutores, excretores e orais. O sexo anal, oral e o uso de acessórios eróticos não fazem parte do sexo natural.

Doenças sexualmente transmissíveis [DST] ceifam vidas continuamente e os índices de enfermidades como AIDS — provocada pelo HIV — câncer de cólon e reto e hepatites são alarmantes. Não há dúvida de que doenças fatais como a AIDS se disseminam principalmente através de práticas homossexuais, assim como ocorre sua propagação entre grupos não homossexuais, tais como hemofílicos, usuários de drogas, profissionais da saúde, esposas de bissexuais entre outros.

A prática do sexo anal e oral é reprovável por Deus, uma vez que representa uma distorção do plano original do Criador. Além disso, tal prática não é fisiologicamente viável e pode ocasionar sérios problemas relacionados à saúde física (doenças), emocional (culpa) e espiritual (pecado/afastamento de Deus). É precisamente essa condição que leva os homossexuais ao afastamento divino: “E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém” (Rm 1.28). Não há castigo maior para um homem do que Deus o entregar a si mesmo, à sua própria vontade. Essa expressão remete ao entendimento de que Deus não intervirá na vida daqueles que persistem em seus pecados obstinados; Ele retira Sua influência moderadora permitindo-lhes degenerarem moral e espiritualmente. Deus os entrega a si próprios, a saber, às concupiscências de seu coração (v. 24), às paixões infames (v.26), a uma disposição mental reprovável (v. 28) e à maneira de viver escolhida por eles próprios.

Dessa forma, desviar-se do padrão heterossexual instituído por Deus implica contrariedade à ordem natural da criação e uma rebelião tanto contra Deus quanto contra suas criaturas. Existe um plano original a ser seguido claramente evidenciado na natureza — normativo e modelo: a união entre um homem e uma mulher dentro do matrimônio com vistas à procriação dos filhos. Esse propósito divino encontra amparo não apenas nas Escrituras Sagradas e nas tradições eclesiásticas, mas também está comprovadamente “impresso” na natureza e ao alcance de uma razão “não contaminada”, ou seja, de uma reta razão (Rm 1.18-21). As práticas homoeróticas são antinaturais, contrárias às leis da criação, contrárias à intenção do Criador, portanto são consideradas pecado. O natural, idealizado por Deus, é o relacionamento sexual entre um homem e uma mulher no âmbito de um casamento monogâmico.